[Misbehaviors]

"Nothing can come of nothing."

00:59

For friends only. Just for you!

Postado por Uncool |

The Happiness


"A infância não vai do nascimento até certa idade, e a certa altura a criança está crescida, deixando de lado as coisas de criança. A infância e o reino onde ninguém morre."
Edna St. Vincent Millay

Não deixe tua criança morrer caralho! Mas cuide dela pra que ela nunca vire, ao mesmo tempo uma criança inconsequente ou um adulto amargo.

Ok, hoje eu estou contente.

1º) Comprei "Amanhecer" e estou pronto pra novamente viver num conto de fadas e achando que vou encontrar (um dia, espero) o meu Edward Cullen. (#Fútil.)
2º) Fiz carinho em um gato de rua, que quando eu chamei, ele veio prontamente, e eu fiquei um tempão fazendo carinho nele no meio da rua. (#Canônico.) (Se você não entendeu essa colocação, leia o post anterior, irá clarear um pouco suas idéias.)
3º) Conversei bastante com amigos hoje, e, lavei a alma por assim dizer. (#Simplesmente Incrível.)

Amigos são coisas imprescindíveis na vida da gente, sabe?

Pude conversar com vários deles hoje, em conversas informais, que quase sempre são em bares sujos e decadentes, e mesmo assim, o conteúdo é inédito.

Não farei grandes revelações, a subjetividade hoje será impressa em forma de texto, cada um entenda como melhor entender e que aproveite da melhor forma que couber.

Se eu pudesse dar conselhos hoje:

Aproveite sua vida, como se fosse o último dia. Sei que isso é clichê demais, mas mesmo assim, deixo registrado a sensação, é melhor ser chamado de clichê por expor coisas comuns, do que ser chamado de qualquer por nada falar.

Aproveite, mas com moderação. O "Carpe Diem" é permitido, claro, sempre foi. Mas seja ponderado. Não se desespere, aquele conceito de "aproveito a vida como se fosse o último dia" é ultrapassado e com certeza os reflexos dessas atitudes virão o mais rápido que se espera.

Cuidado, tudo na vida tem o seu preço. A excitação de hoje, é a perdição de amanhã. A felicidade de hoje é o motivo de desgraça que brevemente chega.

Depois de um tempo, você descobre que sorrisos hoje não garantem o bem estar num futuro próximo.

Não minta e nem use de artifícios para mostrar quem você não é. Lembre-se, as mascáras caem, e você pode parecer muito mais feio do que realmente é.

Seus amigos podem te ajudar, basta que você se abra pra eles. Amigos de verdade não são egoístas e nem se importam de perder o tempo que for necessário para te ajudar em um momento de necessidade. Ok, não coloco nem em um momento de necessidade, seja o momento que for. Espanou? Despirocou? Exagerou? Não tem problema, teus amigos não te julgarão e nem te crucificarão, eles apenas colocarão seus pontos de vista, mas jamais te virariam a cara.

O mundo não acaba hoje, ao menos que você que queira que seja o fim da linha pra você.

Todo têm seus segredos, a diferença é que alguns os expõem, enquanto outros os guardam às 14 chaves num baú de mogno. Só se exponha pra quem você sabe que não irá usar qualquer fato contra você um dia. Abra seu baú, mas apenas para as mãos delicadas de quem vai cuidar do teu segredo como uma mão materna cuida do filho primogênito.

Seja leal, seja amigo, seja sincero. Assim, você apenas irá trazer pessoas mais incríveis para o seu círculo de amizades, e a zica fica longe.

Não tenha medo de mostrar quem você é. Todo mundo que se importa com você, gostará de você de como você é. Podem até questionar suas escolhas, seu jeito de ser, agir e viver; mas jamais irão contra o que você julgar que foi melhor pra você.

Hoje eu digo tudo isso porque foi importante, é importante e será importante pra sempre. Mas hoje, foi mais importante que tudo. Amanhã pode ser um pouquinho menos importante? Sim, absolutamente, afinal "Nenhum homem se banha duas vezes no mesmo rio".

Viva, respire, grite, mas recomponha-se depois. Porque um momento de deslize, pode mudar todo o teu curso de vida.

A vida é curta, mas o momento de um instante, por mais intenso que seja, é mais curto ainda, e pode te comprometer por toda tua vida, e as cicatrizes te acompanharão pra sempre, e cada dia será um novo dia, mas não tão brilhante como deveria ser.

Não seja complacente com o que você não concorda. Fale, exponha e expresse. Não deixe passar em branco. A tua posição pode ser uma solução extremamente realizável a longo prazo.

Deixe que teus amigos te amem, deixe com que eles tenham espaço contigo. Deixe-os se sentir à vontade, assim o espaço é ganho facilmente. Confiança demora para muito para conquistar, mas segundos para ruir.

A importância de tudo isso pode parecer cretina, mas é realmente importante, talvez em um momento difícil essas simples palavras sirvam, não peço que levem a sério agora, mas em algum momento isso fará sentido pra todo mundo.

Desculpem todos os clichês e o nível de auto-ajuda contidos aqui, mas tô feliz pra caralho, porque hoje (imagino e espero que sim), eu não deixei que um ciclo fosse interrompido por conta de uma opção totalmente contornável.

Tú é importante pra caralho e ...

"Eu não quero ter que te visitar em uma cama de hospital, PORRA!"

Post finalizado ao som de: Arcade Fire - Neighborhood #2 (Laika)

01:02

"Made things" and the simplicity.

Postado por Uncool |

The Beauty.


"As coisas mais simples da vida são as mais extraordinárias, e só os sábios conseguem vê-las."
Paulo Coelho

A simplicidade é algo cada vez mais longe da nossa realidade.

Tudo hoje é "feito".

Pessoas tem que ser "feitas" e se tornam fakes.
Ações tem que ser "feitas" e se tornam teatro fajuto.
Sentimentos tem quer ser "feitos" e se tornam drama mexicano.

Até que ponto essa manipulação é válida?
A simplicidade está em decadência?

Eu continuarei achando a maior graça nas menores coisas da vida, no simples e ordinário.

Não existe felicidade maior do que um coração desenhado num espelho embaçado, uma joaninha andando uma folhinha verde no meio do jardim, tomar um banho de chuva, pegar na mão dentro do cinema naquele primeiro encontro, chupar uma bala de maça verde e sentir o azedinho deixar as bochechas vermelhas, receber um sorriso de uma velhinha na rua, subir no pé de amora e sair todo pintado, comer manga sem medo de ser feliz, levar uma lufada de vento num dia de calor, etc.

Afortunados são aqueles que lidam com a simplicidade, reconhecem-na e não tentam mudar nada do que já é para agradar qualquer um envolvido num determinado processo.

Não tenham vergonha do simples, achando quer serão vistos como simplórios ou não-esclarecidos, muito pelo contrário, a simplicidade é capaz de desarmar a mais ardilosa das astúcias.

E tenho dito.

19:32

It's all about the money?

Postado por Uncool |

The Bait.


O dinheiro é uma isca?

Pessoas que vivem suas vidas afortunadamente são realmente felizes e conquistam o que tem por mérito próprio ou por função da grana?

Resolvi fazer essa reflexão depois de uma situação que vi ontem.

Quando se rola na grana, tudo é mais fácil, claro! Relacionamentos são firmados na velocidade da luz, todo mundo se aproxima de você como se você fosse o último dos moicanos.

Sistemas legais são manipulados, tudo é comprado, tudo é cena para inglês ver.

Será que é realmente uma boa ser rico ou se tornar um new rich?

Nascer rico é uma dádiva celeste e se tornar um new rich é ter o cú virado pra lua. Ou então uma inteligência acima do normal, e olha que muita gente têm e não é rico de fato.

Não sei qual dos dois é pior, sinceramente, porque os ricos são arrogantes por natureza e os new rich se tornam arrogantes assim que mudam de status e esses são mais difíceis se engolir do que uma noz pra quem não tem dentes. Sem mencionar outra coisas.

Contornando a situação: Se passar por uma classe social que não é a sua para conquistar qualquer outra coisa é válido? Fará com que as pessoas se aproximem de você pelo que você realmente é? Mesmo sendo rico por várias gerações, tendo dinheiro pra gastar por reencarnações é enobrecedor procurar emprego e trabalhar como alguém "normal". Uma vez já soltaram a peróla que o trabalho enobrece o homem. Será? Ou nesse caso, faz ele perceber que o trabalho não proporciona nenhum enobrecimento além do já adquirido e é apenas uma tentativa de mostrar ao populacho que se pode ser uma pessoa aceitável?

Levando em consideração que essa questão é somente válida pro rico que tenta se passar por uma pessoa normal, com um estilo de vida básico, dado que o contrário não faria jus ao questionamento, voltando à premissa anterior que sendo rico, todo mundo virá emcima de você como mariposas na luz.

Acredito que se passando por essa outra classe, outras coisas serão avaliadas, como metas pessoais, perspectivas de vidas etc. Então a casa cai quando se esconde, ou quando não se precisa mostrar nada?

Como disse meu pai certa feita: "Amigo é dinheiro no bolso". Enquanto você tem $$$, você tem amigos, quando não tem nada, cadê? Ops, foram-se. Com isso, caímos em na outra situação já expressada. Farsear ou alarmar?

Agora o pior clichê de todos (que eu detesto, diga-se de passagem.): "Dinheiro não traz felicidade." E tem quem diga que: "Quem tem dinheiro, manda buscar a felicidade e se não manda buscar é porque não sabe aonde é a loja", fato.

Desculpem pelo post com tanto buraco de idéias, mas é que eu não sou abastado, então isso foge da minha vivência. Apenas reforça meu ponto de vista que: Se o dinheiro é uma isca, eu tô afim de ser um puta peixe a ser pescado, fritado e servido na hora do jantar com um Cabernet Sauvignon.

Cheers!

The Escape.


Demora um pouco, mas a gente aprende. É como eu disse essa semana: "Se fodendo e aprendendo".

É engraçado com às vezes o universo manda alguns sinais pra gente, e como fazemos questão de sermos cegos frente a essas coisas, tudo passa batido e sempre reclamamos: "A minha vida é uma droga.", "A vida é um merda." ou então, segundo Letitia Darling: "Oh, I think I'll die."

Até que pontos somos culpados pelo estilo de vida que levamos?

Essa semana, tive uma série de pessoas comentando sobre a mesma coisa, em todos os círculos: Relacionamentos.

Eu sempre tive uma visão tradicionalista e unilateral de relacionamentos: Você é meu, eu sou seu, e nada de terceiros enfiados no meio da história. Nada de compromissos sociais, nada de bares, eventos públicos, somente ficaremos em casa, trancafiados vendo TV e enchendo o rabo se comida, e no final da noite, talvez rola um sexo e no dia seguinte a mesma rotina.

Então, eu tomei no cú diversas e repetidas vezes.

Ciúmes? Hoje não tenho mais, quer ir? Vá com Deus. Vai trair? Bom proveito.

O que era tudo isso? Falta da maldita auto-estima e do amor próprio.

Não dá pra trocar o certo pelo duvidoso, trocar uma pessoa incrível que você já tem do seu lado há anos, por uma pessoa incrível por conta de uma noite é bem problemático, qualquer tanga-frouxa consegue ser incrível em uma noite apenas.

E agora José?

Essa é a hora de sentar, conversar e trabalhar no relacionamento, para que juntos, achem uma saída e resolver a situação da forma mais madura possível. O grande problema é como a outra pessoa vai receber isso. Porém, existe o outro lado da moeda. Cada um sabe com quem se relaciona, cada um sabe como lidar com essa situação.

Fica a questão para reflexão: Trair e fazer de conta que nada aconteceu porque não teve sentimentos, ou conversar pra resolver antes que aconteça? A razão consegue antecer o tesão animalesco que acomete a pessoa na hora ou não?

Eu acho traição a maior baixaria da face da Terra, mas, isso não faz nenhuma diferença para a visão do resto da população mundial.

O amor-próprio e a auto-estima me visitaram uma noite dessas, tomamos um chá e trocamos figurinhas, muitas delas. Mas não pense que foi fácil, um dia antes quem apareceu foi a vergonha-na-puta-da-cara e a consciência. Foi aí que rolou a briga de foice e o barraco pegou fogo e eu não tive por onde escapar.

Acordei outra pessoa, mas ainda continuei recebendo sinais do universo.

Então, que porra tá acontecendo?

Ontem então algumas barreiras foram quebradas. Descobri que demora um tempo pra você entender que relacionamentos não são contratos de fidelidade eternos, que pequenos gestos, fazem uma incrível diferença e que cada um tem o seu ponto de vista sobre o assunto e que essa diferença de percepções devem ser respeitadas acima de qualquer coisa.

Sinceridade é uma atitude incrível, desarma e te faz questionar até que ponto está certo ou errado.

Intimidade não precisa ser tão íntima assim, afinal de contas, existem uma grande diferença entre individualidade e intimidade. Existe intimidade entre um casal, mas jamais uma intimidade individual deve ser exposta nesse contexto.

Liberade é algo necessário, para ambas as partes, e quando falo em liberdade, não é apenas no contexto propriamente dito de "livre", mas em todos, no de liberdade de expressão e afins.

Cumplicidade não significa exclusividade; significa lealdade.

E assim, hoje eu consigo enxergar tudo isso com mais clareza. Na verdade, é tudo bem nítido, e acredito que agora sim, eu entenda um pouco mais o porque de todas as situações que aconteceram comigo.

Eu era um ciumento, louco, psicótico, histérico, submisso e outras coisas não tão agradáveis. Agora o pássaro descobriu como abrir a gaiola e foi embora, o que resta além de penas espalhadas em uma gaiola suja mostrando o caos em que vivia?

13:42

Some wise advices.

Postado por Uncool |

3 Things to help.



Então tá né.

Esse post vai parecer uma coisa meio Ronaldo Ésper, mas eu nem ligo.

Eu consigo entender completamente que a moda é uma coisa subjetiva e tal... mas, OMG, o que foi aquilo?!!??!

Vindo da faculdade hoje, extramemente entediado por viajar pra casa, eu fiz uma coisa que eu simplesmente acho incrível: Reparar nas pessoas. Senhor, que paulada na bola...

E pra completar eu tava ouvindo ABBA na hora, a trilha sonora casou direitinho com o momento, mais cafona impossível. Eu nem ri até dobrar né?

Uma moçoila andando na rua, com uma calça
VERDE LIMÃO e uma blusinha ROSA SHOCK!

Como assim? Ainda bem que eu tava de óculos escuro e não me afetou tanto a visão, e justo hoje o sol resolveu sair, então seria cegueira na certa. Logo depois, como se não bastasse, me aparece um menino de mão dada com a mãe.

Adivinha só?

Duas vezes brega! Uma por si e outra pela mãe.

O rapaz tava com um conjutinho de moleton
ROXO BELISCÃO, com perna da calça na altura da canela e a blusa enfiada pra dentro da calça, parecia um travesseiro amarrado no meio. Por Deus! Sem mencionar no óculos com aqueles cordõezinhos de velho pra pendurar no pescoço.

Nesse exato momento, você deve estar se perguntando: "E o que a mãe tem a ver com a breguice?"

Minha mãe costuma dizer:

(Aí vai os conselhos a todos os desorientados, ou que saem atrasados sempre, como eu.)

1º) "Menino, vai trocar essa roupa, tá furada, rasgada e manchada! Você tá parecendo um palhaço! Vão dizer que eu que sou relaxada."

Hoje eu entendi o sentido dessa frase, ao ver a mãe segurando o filho pela mão, enfatizando o bom gosto que possui. Nesse sentido, acredite, sua mãe que será falada.

2º) "Será que essa coitada não tem um bom sacristão dentro de casa pra dizer que a roupa não tá ornando e que tá brega? Como uma pessoa pode sair assim na rua, sem ao menos não se olhar no espelho? Ah, não é possível, deve possuir alguma doença na cabeça, judiação.

FATO. As pessoas notam, se perguntam a mesma coisa. Mora sozinho? Bata no vizinho. Mora em prédio? Pergunte ao síndico ou zelador. Na pior das hipotéses, compre um espelho, embora não vá adiantar muito dependendo do seu "senso de beleza"

3º) "Olha que pessoa bem vestida, não é possível, com essa cara de tonto(a)? Alguém deve ter escolhido, no mínimo a mãe."

Bem, concordo e discordo. Concordo pelo fato de que comprar roupas tem que ser o próprio indivíduo, pelo menos pra mim, quando alguém compra, acaba virando roupa pra dormir. E discordo pelo motivo acima mencionado: E se você tiver um senso estético PÉSSIMO?

Olha, eu digo SIM que dá pra ser bem vestido com roxo, hoje eu fui pra facul com uma calça xadrez roxa e uma camiseta roxa, ficou ótimo e vááááárias pessoas disseram que queriam uma calça igual.

Então vista essas idéias.

03:52

Wrongful Sensations.

Postado por Uncool |

The Tudors Dinasty.


Ahá! Acabei de assistir nesse exato momento a 2º temporada de The Tudors (é, um pouco atrasado, eu sei).

Antes de tecer qualquer tipo de comentário, eu gostaria de voltar um pouquinho no tempo.

Há alguns anos atrás eu assisti "Elizabeth" e fiquei maravilhado com o filme, com as atuações, com a Cate Blanchett, a fotografia e o diretor Shekhar Kapur.

No ínicio do filme, vemos protestantes sendo queimados e todo aquele sofrimento para causar comoção, uma Elizabeth sendo presa acusada de conspirar contra a rainha, que no caso é ninguém menos que a (Bloody) Mary Tudor.

Mary tem fortes convicções que o vulto religioso do Protestantismo ameaça a Inglaterra por culpa de sua meia irmã bastarda. Mary é filha de Henrique VIII com Catarina de Aragão e Elizabeth é filha de Henrique VIII com Ana Bolena. Mary, em sua coléra, derrama sua fúria sobre Elizabeth e maldizendo Ana Bolena de todas as formas.

Logo depois, Mary morre e Elizabeth assume seu lugar.

Em Tudors, é onde tudo começa: O casamento de Henrique VIII, filho de Henrique VII e Isabel de York, com Catarina de Aragão, filha de Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela. Catarina primeiramente foi casada com Artur Tudor (irmão de Henrique VIII), que morreu logo depois do casamento, assim Henrique assumiu todos os títulos e (para não estender muito o assunto senão eu perco o fio da meada, google it) como o casamento de Artur com Catarina não foi consumado, Henrique a tomou por esposa e foi assim que Catarina de Aragão virou rainha da Inglaterra.

O rei deseja um filho para suceder a linha do trono, porém varão apareceu, e o que veio, foi natimorto. Logo em seguida nasce Mary I.

Henrique, entendendo, através de uma profecia (contida no Levítico de que se um homem casar com a mulher do irmão, o casamento será estéril), decidiu que era hora do casamento ser anulado. E nesse meio tempo chegou Ana Bolena, que é conhecida e dispensa apresentações.

O Papa Clemente VII não anulou o casamento, por duas razões: Primeiramente pela doutrina da igreja em relação ao assunto, e, em segundo lugar, porque anulando um casamento "legítimo" demonstraria um erro de validação da própria igreja segundo as regras canônicas e sem mencionar também a influência do Imperador Carlos V (sobrinho de Catarina) sobre o papa, a quem era interessante que o casamento se mantesse firme e forte.

Por mais que foram os esforços para anulação do casamento, o processo se estendeu e o Papa não deu a autorização, mantendo o casamento legítimo. Assim Henrique VIII fez com que a Inglaterra não devesse mais obediência a Roma, instituindo a Igreja Anglicana, onde o rei era a autoridade e nada tinha com o Papa, nomeando o protestate Thomas Cramner como Arcebispo da Cantuária, que anulou o casamento sem autorização do Vaticano e assim aconteceu o casamento de Henrique VIII com Ana Bolena, Catarina foi retirada gentilmente da corte inglesa e separada de sua filha.

Logo depois, com a morte de Catarina, Ana Bolena viu a chance de ser reconhecida rainha legítima e Elizabeth ter direito à sucessão do trono. Mas novamente tudo caiu por terra: Ana não deu nenhum varão para Henrique VIII, deu a luz a um filho natimorto e mais tarde foi condenada a decapitação por adultério.

Bom, esse é o resumão básico, misture a tudo isso intrigas políticas, pessoas querendo servir aos seus próprios interessentes, a reforma se disseminando + Thomas Morus + Thomas Cromwell.

O que eu queria chamar a atenção é para a complexidade das emoções que sentimos ao assistir Elizabeth e depois termos acessos aos bastidores da história, conhecendo melhor a Dinastia Tudor.

Quando se assistimos "Elizabeth", nós apiedamos dos protestantes, ficamos com dó de ver as labaredas da fogueira lambendo os seus corpos; achamos Mary Tudor uma tirana louca e Ana Bolena uma coitada de marca maior. O que de fato seria a sensação mais correta. Falo isso porque eu sou o primeiro a levantar a bandeira de que a Igreja é uma sem-vergonhice só e que não devemos permitir que essa instituição de velhacos décrepitos governem as nossas vidas; que Mary não deve de jeito nenhum queimar os protestantes devido a sua visão separatista e que hoje ainda é condenada, e, que Ana Bolena é uma puta.

Mas...

Assistindo Tudors, o argumento é tão convicente e tudo tão articulado que você torce para que a Santa Sé queime de fato os protestantes e que o mundo seja católico porque essa é a única salvação da alma, que Mary Tudor seja a próxima na sucessão do trono, que Elizabeth seja declarada de fato bastarda pelos atos de Ana Bolena. Mesmo sabendo que Mary vai causar um estrago desgraçado na Inglaterra, que a Igreja só vai defender os seus próprios interesses e que Elizabeth trará o reino de ouro para a Inglaterra.

Ainda tenho meu posto de vista que: Ana Bolena é uma biscate e que dela veio somente uma coisa boa: Elizabeth; a Igreja sempre foi uma instituição rídicula que busca meter o nariz aonde não deve e que Mary I não é "Bloody" a toa, eu ainda torci para o contrário de tudo isso.

E essas sensações não foram pelos argumentos do enredo e sim pelas emoção que você é envolvido, sem perceber, você toma a dor de dos personsagens que sofreram seus ultrajes, compra a briga até mesmo contra os seus príncipios morais e éticos, e tudo isso, sabendo o que vai dar no final.

Comentei anteriormente em um post que o "mal é inerente ao ser humano". Alguém ainda continua discordando? Isso enfatiza que o ser humano gosta de ver o circo pegar fogo e o mal é extramamente irresístivel. Não existe prazer maior do que ver Ana Bolena ser decapitada e alguém pior ainda acabar tomando seu lugar mais tarde. Você sabe que é errado, mas você quer ver acontecer.

E pra reforçar mais um pouquinho esse ponto de vista: Catarina foi a única que saiu totalmente "holy" da situação, foi maltrada, espezinhada, ridicularizada e humilhada, e por mais que seja a minha personagem favorita, e que acredito que todo mundo se compadeça, ela praticamente foi esquecida nesse balaio de gato final.

Fica a questão: É mais fácil ser influenciado pelo mal, pelas emoções ou pela ética?

02:46

Sounds of Silence.

Postado por Uncool |

The (Hurted) Ears.


O poder da música influencia estados de espírito? Sim, claro. Eu me sinto muito mais feliz com um riff bem feito, muito mais histérico com um agudo bem dado, mais animado com batidas diferentes e extramamente puto com música ruim.

Agora a pergunta de U$1,000,000. O que se classifica como música ruim?

Podemos levar em consideração a questão de gosto: "Gosto é que nem braço, tem gente que nasce sem.", logo, chegamos no consenso de que música ruim não existe, mas existem pessoas exigentes que não engolem qualquer tipo de coisa.

Eu, particularmente, sou um chato com questão de música, mas tenho o meu momento "revival" e "brega" como todo mundo, mas isso não me faz mais ou menos exigente.
É engraçado como acordamos extramamente cafonas em um dia e no outro, extramente erudito nessas questões. Tem dia que acordo ouvindo coisas toscas, carrego meu mp5 com coisas piores ainda e durmo ouvindo breguices, no outro dia, acordo precisando de baixos, riffs, baterias pesadas e vocais sujos.

De qualquer forma, algumas músicas me dão idéias, e eu imagino situações, faço literalmente da minha vida, uma trilha sonora.

Consigo imaginar alguém me pedindo em casamento, cantando e tocando pra mim "Viva La Vida" no violoncelo e tudo que tenho direito, na primeira briga, imagino eu surtando, e a pedida seria "Noir Desir", no momento de cozinhar, entre molhos, temperos e respingos no avental, seria "Waterloo", passeando no Ibirapuera é a cara de "Fleur de Saison", traição pede "The Cripple and The Starfish", melancolia chama "The Scientist", declarações de amor imploram por "Dull Flame of Desire", momentos de calmaria são regados a "The Mystic's Dream", ocasiões em que o desejo de quebrar a casa e a cara de todo mundo que está perto, agressivamente grita "The Beautiful People", vontade de sair dançando na rua é saltitar com "Fame" e sentir a brisa batendo no rosto ao som de "Rebellion Lies" é me pedir pra sorrir loucamente pra qualquer situação e ser vivo que esteja perto na hora, e assim vai.

Agora me pergunto, que sensações desperta em uma pessoa ouvir Calypso, Banda Katrina, Calcinha Preta, Limão com Mel, Bruno e Marrone, Rio Negro e Solimões e derivados?

Funk sabemos que desperta a libido (vide Mulher Melancia, Perla, As Popozudas etc.), Rock desperta a violência, MPB desperta a depressão, New Age desperta o sono e por ai seguem as sensações. Eu voto que, em Sertanejo, Axé, Pagode, Samba e afins despertam o desespero profundo, daqueles que te faz querer ter um protetor auricular.

O reverso da medalha também vale. Música boa cantada por gente ruim é uma desgraça, e não temos um enrosco menor em relação a isso, porque do mesmo jeito que a música não pode ser classificada como ruim, o fulano também não pode, porque sempre terá alguém rasgando a seda...

Ontem mesmo, os vizinhos aqui estavam numa alegria de fazer gosto, soltando a voz, mas infelizmente nenhum deles eram uma Susan Boyle. E eu fiquei só analisando o repertório: "This Love", "Starring at the Sun" e algumas outras, com um pandeiro imundo, um inglês porco e com direito a backing vocals medíocres e gemidinhas escrotas, eu, claro, quase infartei. E se o Adam Levine e o Bono Vox ouvissem, certamente iriam também.

Mas ai a gente já entra na questão do Karaokê, que é um sério problema na questão da poluição sonora do planeta, e não merece discussão, porque dá pano pra manga demais.

Não sei se abençõo a existência dos críticos ou se a lamento, porque se críticos musicais tivessem algum poder, o mundo seria sonoramente mais habitável, mas por outro lado, nos ensinam (teoricamente) diferencia o que é bom do que é péssimo. E muito menos sei como reagir em relação a vizinhos que querem participar do "Ídolos" e sensações de músicas do "povo das bandas de lá".

É melhor ficar em silêncio?

Subscribe